► II Mostra de Cinema Independente | 1981 |
Sobre a invasão da Polícia Federal
“O incidente ocorrido no primeiro dia da II Mostra de Cinema Independente é uma prova concreta de arbítrio e Abuso de Poder. Considero um ato de profundo desrespeito quando o próprio governo apregoa pelos quatro cantos a famosa “abertura política”. Onde está o próprio governo para punir atos dessa natureza? Claro que não haverá punição se o ato é fruto desse regime autoritário. Fatos como esse vem ocorrendo com frequência aqui em João Pessoa proibindo a projeção de filmes em setores públicos, censurando peças teatrais e a própria ação de agentes federais nos bares com metralhadoras. É inaceitável!” Pedro Nunes | 1981 | Questão de Ordem
“A Mostra de Cinema vai continuar”. Pedro Nunes | 1981 | O Norte
► Fotografia
“Ajusto as retinas. Minha grande angular. Enfoca imagens fixas, congeladas pela ação da luz. Olhos humano e mecânico fundem-se e registram tons da realidade universal alagoana. Vigor & Imaginação. Começo de TUDO”. Pedro Nunes | 1986 | Fotografias – Primeiro Plano
► Paraíba Masculina, Feminina Neutra
“Águas rolando. Fotogramas registrando o universo em movimentos. O presidente fala na TV. Um verdadeiro paraíso na PLIM PLIM. Alguém toma Pepsi-cola. Jaguaribe fala: – bebemos Sanhauá”. Pedro Nunes | 1982 | Correio da Artes
► Cinema Eletrônico
“Dos primeiros registros naturais brutos, o cinema (modalidade sígnica indicial) fez um longo percurso na sociedade moderna em termos de evolução da linguagem, absorvendo o som e elementos de várias outras linguagens, num verdadeiro processo de interação sígnica e intercódigos”. Pedro Nunes | 1993 | Cinema & Poética
“O aspecto metonímico a a ser uma característica peculiar do sintagma eletrônico, fazendo com que o cinema, de certo modo, modifique a estruturação de seu enunciado, adaptando-se as novas circunstâncias propostas pelo discurso televisual emergente”. Pedro Nunes | 1996 | As Relações Estéticas no Cinema Eletrônico
“Com o surgimento dos equipamentos portáteis de vídeo (o videotape e o próprio vídeo cassete) proliferam as produções em vídeo, sobretudo face à própria impossibilidade de se produzir em celuloide devido aos altos custos de produção. O vídeo, ao contrário, pela sua própria instantaneidade de captação da imagem sem a necessidade de revelação e por viabilizar a reutilização da fita cassete, firma-se como um e economicamente mais viável e, propicia o surgimento de inúmeras experiências fora da televisão”. Pedro Nunes | 1996 | As Relações Estéticas no Cinema Eletrônico
“A miniaturização da bitola cinematográfica (Super-8), além de ter permitido os tradicionais registros familiares e de lazer, possibilitou também um salto qualitativo referente à descentralização da produção, inovações no campo da linguagem e uma nova concepção de distribuição, violentando integralmente o ritual tradicional do cinema comercial”. Pedro Nunes | 1996 | As Relações Estéticas no Cinema Eletrônico
“O cinema trouxe à tona questões específicas de uma nova maneira de representar, de estruturar ideias, de produzir sentidos e relações da obra com o espectador, de mobilizar pessoas e, também, consegue provocar determinadas fissuras, sobretudo de ordem epistemológica, ao colocar em crise o caráter de representação naturalista”. Pedro Nunes | 1996 | As Relações Estéticas no Cinema Eletrônico
“O cinema enquanto sistema de produção sígnica, é um componente das transformações processadas na engrenagem do processo industrial na sociedade contemporânea”. Pedro Nunes | 1996 | As Relações Estéticas no Cinema Eletrônico
► + Cinemas
“É possível identificarmos claramente a mudança de feição do cinema desde o processo de planejamento até a pós-produção, com a incorporação da eletrônica e a sua formatação digital. Trata-se de mudanças de ordem paradigmática em que o cinema se torna impuro visto que o seu processo não é integralmente fotoquímico”. Pedro Nunes | 2010 | Mais Cinemas
► Cinema e Memória
“O terceiro ciclo de cinema na Paraíba é motivado e precedido historicamente por um conjunto de ações, fatos, acontecimentos e iniciativas que auxiliam direta e indiretamente nesse processo de retomada da produção cinematográfica na Paraíba com marcas expressas de artesanalidade da produção, originalidade, inventividade no campo das construções narrativas e transgressões temáticas”. Pedro Nunes | 2013 | Cinema e Memória – O Super-8 na Paraíba nos anos 1970 e 1980
“O traço distintivo do terceiro ciclo de cinema na Paraíba é então essa pluralidade de vozes que se agrupam em torno da reflexão sobre a natureza do cinema paraibano, processo de produção e circulação de filmes, tendo com predominância a utilização da bitola Super-8”. Pedro Nunes | 2013 | Cinema e Memória – O Super-8 na Paraíba nos anos 1970 e 1980
“O Super-8 se caracterizou enquanto um instrumento que possibilitou que jovens realizadores pudessem fazer cinema de maneira mais desamarrada e com possibilidades de exercitação criativa”. Pedro Nunes | 2013 | Cinema e Memória – O Super-8 na Paraíba nos anos 1970 e 1980
“O filme Gadanho (1979) sobre os catadores de lixo do Baixo Roger, dirigido por Pedro Nunes e João de Lima, é considerado o precursor desse novo surto de cinema com marcas poéticas diferenciais e transgressão quanto a sua abordagem temática”. Pedro Nunes | 2013 | Cinema e Memória – O Super-8 na Paraíba nos anos 1970 e 1980
“Na Paraíba, com a irrupção do terceiro ciclo de cinema quebra-se a visão de cinema grandiloquente com a aparição de táticas novas de intervenção cultural. A noção de cinema é radicalizada a partir do fazer cinematográfico associado ao processo simplificado de recursos técnicos”. Pedro Nunes | 2013 | Cinema e Memória – O Super-8 na Paraíba nos anos 1970 e 1980 |